iFood Benefícios prevê crescer mais do que o dobro em nova fase do mercado de benefícios

Monica Miglio Pedrosa
O mercado de benefícios está entrando em uma nova fase, em que todos os players passarão a atuar em um modelo de arranjo aberto, no qual os cartões de vale alimentação e refeição são aceitos em qualquer estabelecimento, tornando-se uma commodity. “O diferencial das empresas de benefícios vai ser a entrega de valor, tanto para a empresa como para o colaborador”, afirma Arthur Freitas, CEO do iFood Benefícios.
O executivo avalia que as recentes mudanças no PAT (Programa de Apoio ao Trabalhador) modernizam um setor que movimenta cerca de R$ 150 bilhões por ano e que o iFood Benefícios já nasceu preparado para operar o que ele chama de terceira fase do mercado, marcada pela ampla aceitação do benefício e pela necessidade de diferenciação por serviço, produto e experiência.
A primeira fase, afirma, antecede a digitalização, quando os vales alimentação e refeição eram distribuídos em vouchers de papel. A segunda inicia com a adoção dos cartões e utilização restrita a redes credenciadas de estabelecimentos, modelo conhecido como arranjo fechado, que trazia limitações de acesso aos usuários e impunha taxas de até 7% aos restaurantes conveniados.
Três pilares estratégicos
Na visão de Freitas, desde a sua criação, em 2020, o iFood Benefícios se apoia em três valores que orientam sua estratégia. O primeiro é a força da marca iFood, que liderou o ranking da Ecglobal de marcas mais amadas do Brasil por três anos consecutivos, de 2022 a 2024, e mantém em 2025 a liderança da categoria, com um Net Love Score mais de três vezes superior ao segundo colocado.
O segundo pilar é a excelência operacional herdada do ecossistema iFood, que garante atendimento de qualidade em larga escala e sustenta a capacidade de responder rapidamente às demandas de usuários e empresas. O terceiro é o desenvolvimento de um produto pensado para resolver as principais dores, tanto do RH quanto do beneficiário.
“Com nosso programa de descontos nos restaurantes conveniados do Clube iFood, as pessoas aumentam em quase 50% o tempo de duração do vale refeição”, afirma. O resultado não apenas amplia a utilidade do benefício, atacando uma das principais dores dos usuários, como também estimula um ciclo virtuoso na rede de estabelecimentos do ecossistema. No Brasil, pesquisas indicam que o benefício refeição costuma durar apenas 11 dias em média, reflexo da defasagem entre o valor do vale e o custo da alimentação, que varia por região.
Para as empresas, a plataforma da iFood Benefícios digitaliza a experiência, reduzindo o tempo destinado a tarefas operacionais e liberando as equipes de RH para se concentrar em temas estratégicos, como aquisição de talentos e cultura organizacional. “Nascemos em uma empresa de tecnologia que tem em seu DNA a inovação. Investimos há alguns anos em inteligência artificial e entregamos soluções para ajudar outras empresas a prosperar”, afirma.
Entre as novidades para as organizações está um hub de dados que oferece insights em tempo real para que gestores monitorem e atuem com mais assertividade no dia a dia. As empresas também podem usar o Colab+, programa de apoio ao bem-estar dos colaboradores, que reúne pacotes de descontos em serviços de parceiros como Wellhub, Dasa e Optum, ampliando o cuidado com saúde e qualidade de vida.
Inteligência artificial no core
O iFood Benefícios atende empresas de todos os tamanhos e é agnóstica a setor. Com clientes de grande porte como Ambev, XP Inc, Grupo OLX, CCR e B3, atua de forma consultiva, com relacionamento próximo e personalizado. Já a penetração entre pequenos negócios é viabilizada pela digitalização e pelo uso de inteligência artificial para escalar o atendimento e a jornada comercial. A combinação desses modelos permitiu que a empresa alcançasse mais de 50 mil CNPJs e 1 milhão de vidas atendidas.
Olhando para o futuro, Freitas afirma que a ambição é continuar acelerando. Ele destaca que a empresa tem dobrado de tamanho ano após ano e que o plano para 2026 é superar esse crescimento. “A gente sonha grande. Vamos mais do que dobrar no próximo ano”, garante. Entre as prioridades estão o desenvolvimento de soluções que apoiem as empresas na gestão dos benefícios, aprofundando a proposta de valor que tem sustentado o crescimento do negócio.
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