Networking na fazenda? Conheça a proposta da Sweet Honey Farm

Nem convenção, nem área de eventos. E se o próximo encontro de relacionamento entre executivos fosse em uma fazenda de agricultura regenerativa com atividades de bem-estar? A ideia nasceu de forma despretensiosa em 2021, quando Devon Lévesque, empresário e empreendedor do setor de saúde e lifestyle comprou a Sweet Honey Farm, em New Jersey, uma fazenda privada construída em 1836 que pertenceu a uma mesma família por 50 anos.
O plano inicial era renovar o espaço do jeito que ele próprio gostaria de viver. Devon começou construindo uma academia altamente tecnológica em um celeiro, depois uma sauna e uma câmara hiperbárica. Também investiu na plantação de mais de 100 vegetais livres de agrotóxicos no jardim.
A fazenda, que fica a cerca de uma hora de Nova York, tornou-se o local propício para convidar amigos para jantares preparados com os alimentos cultivados no local. Aos poucos, uma comunidade começou a se formar de maneira espontânea. Os encontros se estendiam por horas, e os convidados passaram a usar a academia, a sauna e os demais espaços como parte natural da experiência. Apaixonado por café, Devon decidiu construir uma cafeteria dentro da propriedade. Em seguida, vieram três quadras de pickleball, ampliando ainda mais as possibilidades de convivência.
Ele resolveu então ampliar a experiência para que outras pessoas também pudessem ter acesso aos vegetais, plantados sem agrotóxicos, à carne proveniente dos animais criados na propriedade e aos espaços de convivência e lazer, por meio de um modelo de membership. Três meses após a abertura oficial, em julho de 2021, cerca de quatro mil pessoas já estavam na lista de espera. Hoje, esse número ultrapassa 14 mil inscritos.
O acesso à fazenda acontece por meio de diferentes planos, que incluem opções como programas de nutrição e treino, realização de exames de sangue, produtos exclusivos, participação em eventos privados e acesso às áreas de bem-estar e convivência.
O grande diferencial, no entanto, está no ambiente criado para a troca entre executivos, líderes e especialistas, misturando negócios com experiência de bem-estar. Essas interações podem ocorrer em mentorias, encontros periódicos com líderes de diferentes indústrias, grupos privados de conversa e experiências exclusivas promovidas dentro da comunidade, como o acesso a investimentos.
Na prática, a Sweet Honey Farm funciona como um híbrido entre clube de negócios e espaço de lifestyle. Às sextas, o “Farm Fridays” reúne atividades como ioga, meditação, sauna e momentos de socialização e diversão. Já o “Sunday Reset”, realizado aos domingos, é voltado ao descanso mental e à reconexão com a natureza. A agenda mensal também inclui encontros abertos às famílias, com atividades para crianças, além de seminários e workshops educacionais.
Além da experiência presencial, Devon expandiu o conceito para o ambiente digital. A comunidade conta com uma plataforma online que permite participar de encontros ao vivo com fundadores e empreendedores, fazer perguntas aos convidados e integrar grupos privados de discussão.
Ao transformar um projeto pessoal em um espaço de convivência estruturado, a Sweet Honey Farm acaba refletindo uma mudança mais ampla na forma como executivos e empreendedores vem construindo relações profissionais. Em vez de ambientes formais, o networking acontece em torno de experiências compartilhadas, bem-estar e tempo de qualidade.
Para Devon Lévesque, cuja trajetória é marcada por negócios ligados a saúde, performance e lifestyle, a fazenda funciona também como uma extensão natural desse ecossistema, ampliando as parcerias, projetos e oportunidades que atravessam suas outras iniciativas empresariais.
Imagem: Ilustração feita com IA a partir de foto de divulgação do site da Sweet Honey Farm
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