Surfix Cloud & Data Center investe em energia limpa e amplia atuação em cibersegurança

“Com toda a importância histórica e geográfica de Recife, era um incômodo saber que não havia um único data center na capital pernambucana”, explica Dárcio Macêdo, Diretor de Relações Internacionais e Marketing da Surfix Cloud & Data Center. A decisão em investir no primeiro data center corporativo da cidade foi tomada em conjunto pelos sócios Aresk Melo, Wagner Medeiros, Felipe Grimaldi, Marcos Almeida e Dárcio e pela diretora Patrícia Fracassio, e a proposta era a de não ser apenas a pioneira, mas ter uma estrutura alinhada aos mais rigorosos padrões internacionais. Em 2023, o data center conquistou a certificação Tier III do Uptime Institute, que atesta alta disponibilidade, redundância de energia e conectividade, além de protocolos avançados de segurança.
Fundada em 2003 por Aresk Melo, hoje Diretor Executivo, que decidiu empreender logo após concluir a graduação em Administração de Empresas na Universidade Católica de Pernambuco, a Surfix começou como uma revendedora de computadores, em uma época em que grandes varejistas ainda não atuavam nesse mercado. Desde então, atravessou diferentes modelos de negócio — incluindo o de provedor de acesso à Internet, origem do nome inspirado na expressão “surfar na rede”, comum à época — e hoje opera em quatro frentes: cloud, data center, telecom e cibersegurança.
Atualmente, a área de cloud responde pela maior parte do faturamento. Mais recente, a unidade de cibersegurança deve liderar a receita da Surfix, impulsionada pelo aumento expressivo dos ataques digitais no Brasil. Cerca de 450 clientes de diferentes setores, como saúde, biotecnologia, indústria e educação, estão no portifólio da empresa.
Nos planos para o crescimento da demanda, a sustentabilidade do negócio ocupa um papel importante. Entre os projetos está uma fazenda de energia solar para suprir integralmente o consumo de energia do data center. A iniciativa se soma a investimentos em eficiência energética, como o uso de equipamentos de resfriamento que não demandam água. “Sempre pensamos em formas de gastar menos energia para oferecer preços mais acessíveis aos nossos clientes e, ao mesmo tempo, causar o menor impacto possível ao meio ambiente”, afirma Wagner Medeiros, Diretor de Produtos e Inovações da Surfix Cloud & Data Center.
A busca por fontes próprias de energia também dialoga diretamente com as exigências do certificado Tier III, que requer a capacidade de manter as operações mesmo em caso de falhas na rede elétrica. Além dos geradores já instalados, a futura fazenda de energia solar deve ampliar a autonomia e reforçar o compromisso ambiental da companhia.
O avanço da inteligência artificial e o crescimento exponencial do volume de dados colocam os data centers no centro das transformações tecnológicas globais. Para Dárcio, o Brasil reúne condições privilegiadas para atrair investimentos nesse setor, sobretudo pela matriz energética majoritariamente renovável. Mas ele alerta que a concentração das operações em poucos pontos do país é um risco. “Hoje existe uma centralização muito grande em São Paulo e em Fortaleza. Se houver um problema nos cabos submarinos que chegam ao Ceará, por exemplo, uma parcela significativa da comunicação do Brasil com o mundo pode ser comprometida. É fundamental pensar em descentralização”, afirma.
Na mesma linha, Aresk reforça que o Nordeste desponta como território estratégico para essa expansão. “A região tem abundância de energia limpa, mas ainda enfrenta desafios de conectividade. Para o Brasil competir globalmente nesse mercado, será necessário investir em infraestrutura de transmissão e conectividade”, avalia.
Além da fazenda de energia solar em desenvolvimento, a Surfix também está avaliando, com fundos de investimento, a abertura de data centers em outras capitais brasileiras, ampliando a presença nacional em um setor de alta demanda. A cibersegurança, mais recente das quatro frentes, deve ganhar protagonismo nos próximos anos diante do aumento expressivo de ataques digitais no Brasil. “Tudo o que fazemos é com planejamento e foco, porque acreditamos que tecnologia de ponta deve estar disponível não apenas para grandes centros, mas também para fortalecer o desenvolvimento regional”, conclui Dárcio Macêdo.
Foto da abertura: Marcos Almeida (Diretor de Operações), Felipe Grimaldi (Diretor Comercial), Aresk Melo (Diretor Executivo), Dárcio Macêdo (Diretor de Relações Institucionais e Marketing), Wagner Medeiros (Diretor de Produtos e Inovações) e Patrícia Fracassio (Diretora Administrativa).
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