Futuro

10 tecnologias para transformar o mundo em 2024, IA e mulheres na comunicação: o dia 1 do SXSW

Denize Bacoccina

Austin, Texas – No Dia Internacional da Mulher, um painel com cinco mulheres falando sobre suas carreiras e a representatividade dentro e fora das telas foi o destaque do primeiro dia do SXSW, maior festival de inovação do mundo, que começou nesta sexta-feira, 8, em Austin, no Texas.

No palco, Katie Couric, jornalista americana que trabalhou nas grandes emissoras e hoje tem uma empresa digital, Errin Haines, editora do The 19th Times, Brooke Shields, atriz e empresária, Nancy Wang Yuen, socióloga e especialista em cultura pop e Meghan (ex-Markle), duquesa de Sussex.

Elas falaram sobre a importância da representatividade feminina na comunicação e como enfrentaram barreiras para ocupar seu espaço. “Representação faz diferença. Quando você é uma jovem e vê uma mulher como você numa posição de poder, você acha que também pode. Se não vê, você não consegue se imaginar nessa posição” disse Meghan.

Apesar de falar sobe o papel negativo das redes sociais, e de como foi sofrido receber tantas críticas justamente quando estava mais vulnerável, após o nascimento dos filhos, a cobertura sobre a presença de Meghan em Austin na imprensa britânica destacava justamente a roupa que ela usou e o fato de o príncipe Harry, seu marido, estar sentado na plateia pra ouvi-la.

Brooke Shields, atriz que fez muito sucesso no cinema muito jovem, disse que se sente culpada por ter participado, durante muito tempo, de um mercado que disseminada uma visão estereotipada de beleza. “Agora que eu estou mais velha eu percebo”, contou. Katie Couric falou de sua experiência no horário nobre, quando era criticada pelos colegas masculinos (incomodados em dividir a bancada com ela) por ocupar o espaço e por mulheres pela roupa ou maquiagem e que usava. Agora, Katie tem a própria empresa digital e diz que faz as entrevistas que decide.

Tecnologias que transformam

O outro painel que lotou o maior auditório do evento também foi apresentado por uma mulher: a Publisher e CEO do MIT Technology Review, Elizabeth Bramson-Boudreau, que levou para o palco do SXSW o report “10 tecnologias que vão transformar o mundo em 2024”.

Veja quais são:

1 – IA para tudo

A Inteligência Artificial estará em todos os lugares.

2 – Células solares supereficientes

Uma camada de microcristais vai tornar muito mais eficiente a produção de energia solar, ampliando seu uso.

3 – Apple Vision Pro

O novo display de realidade virtual da Apple pode fazer a tecnologia emplacar.

4 – Drogas para redução de peso

Podem ter um impacto real na epidemia mundial de obesidade e prevenir outras doenças.

5 – Sistemas geotermais melhorados

Técnicas ainda polêmicas, mas que podem ser uma nova fonte de energia limpa.

6 – Chiplets

São pequenos chips especializados que podem ser combinados e tornar computadores mais potentes e eficientes.

7 – O primeiro tratamento com edição genética

A empresa Vertex já teve aprovação do FDA e do órgão britânico para um tratamento com edição genética contra a anemia falciforme, doença que atinge especialmente população negra.

8 – Exascale computing

Um supercomputador capaz de cálculos que vão permitir análises mais precisas sobre clima, fissão nucelar e outros usos.

9 – Bombas de calor

Equipamentos que podem tanto aquecer quanto esfriar edifícios, com emissão substancialmente menor do que outros aparelhos.

10 – Twitter killers

É como o report chamou novas redes sociais que vão substituir a empresa comprada por Elon Musk. Não se sabe ainda quem ocupará esse lugar.

E tem mais:

Como ver o não-óbvio?

O escritor de best-seller de tendências de marketing Rohit Barghava trouxe uma fórmula para “ver o que os outros não consegue ver” e ter ideias que fogem do óbvio.

1 – Crie espaço para novas ideias                                 

2 – Descubra insights por observação

3 – Encontre o foco com curadoria

4 – Hackeie o comportamento humano

“Seja inesperado e nunca fique sem ideias”, diz Barghava. Ele está fazendo uma série de eventos em Austin para estimular o pensamento não-óbvio. Um deles é um encontro relâmpago, de sete minutos, em que as pessoas têm que se apresentar e falar sobre si de maneira não-óbvia, iniciando uma comunicação que, espera-se vai despertar novas conexões.

Mais IA

O vice-presidente de Design e Inteligência Artificial da Microsoft, John Maeda, fez uma palestra com um título provocativo: Design Agains IA. O “against”, segundo Maeda, significa tanto o pensamento crítico sobre as implicações da IA par aa humanidade quanto estar à frente das capacidades da IA.

Seus insights:

Pensamento computacional é valioso

– Programação não é essencial – mas entender computação ajuda.

– Aprenda como falar a língua das máquinas.

A transformação do trabalho está vindo rapidamente

– Prepare-se para mudanças induzidas pela IA em carreiras ligadas ao design e à tecnologia.

– É uma maratona, não um sprint.

Consumidores devem ser críticos da IA
Avalie o impactoda IA de forma crítica. Analise se está sendo justo e inclusivo.

Mostre aos consumidores os benefícios de uma IA responsável.

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