Suzano aposta que mercado de crédito de carbono sairá em breve
Enquanto aguarda nova legislação sobre o tema, companhia, que já levantou US$ 3,3 bilhões em papéis ligados a metas sustentáveis, passa por processo de certificação
Para a fabricante de papel e celulose Suzano, não restam dúvidas: a transição para uma economia verde e sustentável passa, obrigatoriamente, pelo desenvolvimento do mercado de créditos de carbono.
“Está muito claro, para nós, que essa será a maneira de financiar a descarbonização no mundo. Um sistema de troca de carbono, cujo preço deve subir nos próximos anos, o que vai dar condições para que a empresa e seus acionistas monetizarem esses créditos”, disse o presidente da companhia, Walter Schalka, em teleconferência com analistas para apresentar os resultados do ano passado.
Segundo o executivo, a Suzano está em compasso de espera. Mas não parada. Enquanto aguarda a legislação brasileira sobre o tema, que deve trazer clareza e condições efetivas para fomentar e dar liquidez a esse mercado, já está certificando seus créditos.
“Acreditamos que a conclusão da legislação acontecerá ainda neste ano”, previu.
Em outubro do ano passado, a Suzano antecipou sua meta – sequestrar 40 milhões de toneladas de carbono – para 2025. A data anteriormente prevista para atingir o objetivo era 2030.
O acordo final da COP26, realizada em novembro, em Glasgow, abriu o caminho para que, finalmente, o mercado de crédito de carbono deslanche globalmente.
Agenda ESG
Considerada por vários analistas de mercado como referência quando se trata de adoção aos princípios ESG, a empresa não se limita às metas ambientais.
Outros dois pilares – diversidade e inclusão -, também estão entre as prioridades.
“Queremos ter, com alinhamento nos compromissos de longo prazo, pelo menos 50% de diversidade de raça e gênero. Nossos projetos também oferecem um efeito dominó, de dobrar a geração de renda”, afirmou Cristina Gil White, Diretora Executiva de Sustentabilidade, durante a mesma conferência.
De acordo com ela, ao longo do ano passado, a Suzano levantou US$ 3,3 bilhões em papéis ligados às metas sustentáveis.
Texto: Luciano Feltrin
Foto: Johnatan Misael / Unsplash
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