Porto Seguro aposta no digital
Atuando no mercado de seguros desde 1945, a Porto Seguro quer depender cada vez menos do seu principal negócio. Para os próximos anos, a aposta é crescer na área de serviços, e com forte componente digital. Em entrevista ao Estadão, Roberto Santos, presidente da companhia, detalhou os planos da área de digital da empresa.
A Porto está testando sua nova conta digital para complementar seus serviços financeiros e criar um ecossistema próprio para o cliente. “O cliente vai entrar na sua conta digital, ver a fatura do cartão crédito, e eu consigo oferecer ofertas exclusivas para ele”, diz Santos.
Segundo o executivo, a ideia é criar um superaplicativo para que os clientes possam resolver vários problemas em um só lugar. Em 2021, a área de negócios financeiros, que engloba desde o cartão de crédito até financiamento e consórcios, registrou faturamento de R$ 3,5 bilhões.
Além de reforçar as iniciativas digitais, a Porto também está de olho no ecossistema de startups. Em janeiro deste ano, a companhia fez um aporte na Plugify, startup que atua no segmento de hardware como serviço e oferece equipamentos como computadores, notebooks e celulares para empresas.
Critpo e blockchain em alta
Os investimentos de venture capital em startups ligadas a criptoativos e blockchain cresceram 713% no mundo em 2021, totalizando US$ 25,2 bilhões, segundo levantamento da gestora Hashdex. Reportagem do Valor mostra que, no Brasil, as empresas do segmento ainda não são numerosas, mas o mercado local também tem atraído interesse dos investidores de capital de risco, ainda que com outro enfoque.
Enquanto o ambiente internacional enxerga valor em iniciativas como aplicação de blockchain em realidade virtual, metaverso e NFT, por aqui o foco recai sobre a aplicação da tecnologia em negócios de corretoras de criptomoedas e “smart contracts” – contratos empresariais certificados por blockchain. “No Brasil, as startups são boas de negócios, porém cria-se pouco de infraestrutura. Por isso os smart contracts vão bem, já que é uma tecnologia mais estabelecida”, diz ao Valor Marcelo Sato, sócio da gestora de VC Astella.
Sobre criptoativos, André Bolonhini, sócio da consultoria Bain & Company, observa que, em áreas como cripto e blockchain, o Brasil ainda engatinha, mas alguns dados mostram que o interesse é crescente. “Mais pessoas entraram em cripto no ano passado do que nos cinco anos anteriores. Vejo muita demanda por criptomoedas como reserva de valor e investimento”, afirma.
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Binance está chegando
Na semana passada comentamos por aqui que a gigante das criptomoedas Binance acelerou sua operação no Brasil com a compra da corretora nacional sim;paul. Seguindo o exemplo de outras empresas internacionais, a Binance comprou a sim;paul – que estava em processo de desintegração – com o objetivo de obter as licenças de funcionamento junto ao Banco Central e à CVM.
Fundador e CEO da Binance, o chinês Changpeng Zhao esteve por aqui para fechar o negócio e, em entrevista à Bloomberg Línea, deu mais detalhes sobre a operação brasileira.
Segundo Zhao, novas aquisições estão nos planos da empresa. “Observamos empresas de serviços financeiros tradicionais: bancos, serviços de pagamento, e-wallets. Nos vemos como uma ponte entre cripto e o que chamamos de mundo financeiro tradicional. Para construir essa ponte, temos que ter um ponto de apoio em ambos os lados”, disse o executivo.
O executivo rebateu ainda as acusações de que a Binance estaria falhando no combate à lavagem de dinheiro. As supostas práticas ilegais foram divulgadas por investigação da Reuters, que sustenta que a Binance não levou em conta orientações de compliance para evitar lavagem de dinheiro e crimes financeiros. “Nós usamos os mesmos procedimentos que os bancos. Os procedimentos dos bancos não são 100% eficazes. Não é possível garantir 100%. Não somos piores que os bancos”, disse Zhao à Bloomberg.
Mesmo com todas as polêmicas por trás da Binance, a chegada da companhia vai certamente movimentar o mercado de criptomoedas no Brasil. Por aqui, ela deve concorrer com Mercado Bitcoin, Foxbit e fintechs especializadas em criptomoedas. Estima-se que mais de 4 milhões de pessoas físicas invistam em criptoativos no Brasil.
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