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Rodrigo Pipponzi e a filantropia que gera R$ 50 mi

Entenda o modelo de impacto social da editora MOL

Em 15 anos, Rodrigo Pipponzi construiu a maior editora de impacto social do mundo, a MOL. Todas as publicações da editora, os chamados projetos socioeditoriais, geram doações para ONGs. Neste ano, a MOL deve bater os R$ 50 milhões. A previsão para este ano é gerar R$ 12 milhões. Os números impressionam. São sete títulos de revistas, 154 edições produzidas, 53 livros lançados e mais de 150 ONGs e projetos sociais beneficiados.  

No entanto, a editora começou com projetos de branded content para posicionar marcas no início dos anos 2000. Em 2007, Rodrigo e a sua sócia, a jornalista Roberta Faria, começaram a se questionar como conectar a força da comunicação com causas sociais. Em 2008, nasce então a primeira publicação com este fim, a Sorria, lançada em parceria com a Droga Raia, rede que pertence à família de Rodrigo, que faz parte da 3ª geração.  

“Essa virada veio da minha relação pessoal com o Dr.Sérgio Petrilli, fundador do GRAACC, a quem eu admiro muito. Começamos com trabalhos voluntários e fui me envolvendo com os desafios de captação de recursos que eles enfrentavam”, conta.  Essa foi a motivação que deu o pontapé para o modelo de negócios da editora MOL. Somente naquele primeiro ano, foram mais de R$ 1,6 milhão doados com a venda da Sorria. Em números atuais, o valor já ultrapassou os R$ 27 milhões e, desta forma, a MOL ajudou a construir um hospital de câncer infantil. 

A editora mantém parceria com 14 redes varejistas de diferentes segmentos, como a Petz, que se tornou o maior case de engajamento: a venda de um livro gera, em média, meio milhão de reais em doações. O projeto mais recente é o calendário 2022, que até o momento gerou mais de R$ 630 mil reais em doações. 

Pode-se dizer que o lema da editora “Construindo uma nação doadora” confunde-se com a missão de vida de Rodrigo. “A filantropia neste momento do país ocupa um lugar muito poderoso. E na pandemia ela se tornou um instrumento ágil de redistribuição de riqueza e recursos. O caráter emergencial contribuiu para aumentar a confiança no terceiro setor. As classes mais abastadas também passaram a se envolver mais com filantropia. Mas é preciso avançar. Nós, que partimos de um lugar de privilégios, precisamos nos posicionar e agir”.

Renner lança coleção de jeans com matéria-prima reciclada

Youcom, marca de moda jovem da Renner, acaba de lançar a sua primeira coleção cápsula Jeans Circular de Pré-Consumo. Traduzindo, são peças mais sustentáveis produzidas a partir de resíduos de corte da confecção de outras peças. Os produtos contam, ainda, com baixo consumo de água nas etapas de confecção e acabamento, resultando em menor impacto ambiental.  

A nova linha feminina, que estará disponível tanto nas lojas físicas, quanto no ecommerce, é composta por uma jaqueta, com tiragem de 600 peças, um shorts, com tiragem de 800 peças, e uma calça, com produção de 1.200 peças. A iniciativa faz parte do Youcom Change, selo de moda responsável da Youcom, que identifica todas as ações de sustentabilidade da marca, em consonância aos movimentos de moda responsável e valores da Renner e sua agenda ESG.  

As ações de circularidade no jeans acompanham a marca desde 2014 quando foi lançado o Jeans for Change. Um dos resultados mais significativos do movimento foi a primeira calça circular de pós-consumo do Brasil, lançada pela Youcom em 2020, e produzida a partir de 900kg de jeans arrecadados em anos anteriores. Em 2021, a Youcom implementou a coleta permanente de peças jeans em todas as lojas físicas. 

Executivos admitem que suas empresas praticam greenwashing

A agenda ESG é tema obrigatório na pauta de qualquer empresa nos dias de hoje e perpassa todos os níveis hierárquicos. Mas será que o discurso acompanha a prática? Uma pesquisa anônima realizada pela Harrris Poll a pedido do Google Cloud com mais de 1,5 mil executivos C-level de diferentes indústrias em todo o mundo aponta que embora a sustentabilidade seja uma prioridade, 58% deles admitem praticar greenwashing. 

O estudo mostrou que 93% deles estão dispostos a se adequar às metas ESG. No entanto, 65% reconheceram que, embora queiram investir em sustentabilidade, não sabem bem como fazê-lo. Dois terços dos executivos questionam se os esforços de sustentabilidade que praticam são de fato genuínos. Outro desafio que se apresenta é medir o progresso de suas metas. Apenas 36% dos executivos disseram que suas empresas possuem ferramentas de medição de sustentabilidade. 

Projeto quilombola de Morro do Chapéu (BA) vence prêmio da ONU 

É na comunidade quilombola de Queimada Nova, em Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina (BA), que nasceu o projeto Sabores do Quilombo, em 2019. Três anos depois, o reconhecimento veio e foi recebido pelas mãos de uma de suas fundadoras, a assistente social, Sirlene Santos. Ela foi agraciada com o Prêmio Impacto por Todas 2022, iniciativa do Todas Group em parceria com o Pacto Global da ONU e o Projeto Florada da 3 Corações. A premiação contemplou seis mulheres à frente de projetos com ações sociais sustentáveis e alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.  

O Sabores do Quilombo é resultado do projeto “Resgatando os saberes e sabores quilombolas”, desenvolvido pela Associação Mulheres Quilombolas em Ação Dandaras dos Palmares (AMQADP). O objetivo é o resgate da culinária ancestral e a troca de saberes entre as gerações quilombolas locais. Em 2021, o projeto lançou a primeira edição do livro de receitas intitulado de “Sabores do Quilombo – um resgate da culinária quilombola.

Fique Ligado

Pacto Global da ONU premia mulheres que trabalham com impacto.

Dow abre nova edição do seu programa de trainee para negros.

Paraná aumenta empregabilidade de negros acima da média nacional.

Escolas de negócios fixam metas para ampliar a diversidade.

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