Aprendizado intencional e a era da educação fluida
O conhecimento nunca esteve tão acessível e, ao mesmo tempo, tão fragmentado em um emaranhado quase intransponível de informação.
Embora os modelos de educação clássicos continuem sendo importantíssimos, como os cursos universitários, as pós-graduações e os MBAs, navegar no aprendizado tornou-se um exercício diário e sem regras: o conhecimento pode estar num thread de Twitter, em podcasts e ou nos posts dos cinco influenciadores mais importantes para a sua atividade profissional nas redes sociais.
Transformar informação em conhecimento é a raiz do que se convencionou chamar de “aprendizado intencional”, um modelo mental indispensável para evoluir continuamente nessa era da educação fluida.
Como conceituou a economista Lilia Porto, fundadora do portal O Futuro das Coisas, aprendizado intencional é a prática de tratar cada experiência como uma oportunidade para aprender algo. Em vez de ocorrer separadamente, o desejo de aprender é uma abordagem sempre ativa e instintiva nas situações cotidianas.
A aprendizagem formal representa apenas uma pequena porcentagem da aprendizagem de que um profissional precisa ao longo de sua carreira, lembra Lilia, citando a consultoria McKinsey.
Experiências e interações do dia a dia propiciam oportunidades de aprendizado, mas apenas se você intencionalmente tratar cada momento como uma oportunidade de aprendizado.
Embora os aprendizes intencionais entendam a necessidade de absorver conhecimento, para eles não é um fluxo separado ou um esforço que precisam fazer. Em vez disso, é um comportamento quase inconsciente.
Absorver conhecimento é o modo mental que aprendizes intencionais têm na maioria do tempo. Eles tiram melhor proveito de situações porque tudo — cada experiência, conversa, encontro e entrega — traz consigo uma oportunidade de se desenvolver e crescer.
Divido aqui alguns conceitos e aprendizados pessoais que venho tendo com grandes CEOs do mercado, eventos e lideranças que me inspiram:
Fast learning — A técnica de aprendizado rápido é uma forma de ensino em que o conteúdo é transmitido em “pílulas de conhecimento”, fugindo das tradicionais aulas longas e apostando em resultados rápidos e práticos, que facilitam a concentração dos espectadores e, consequentemente, a retenção dos assuntos tratados nas apresentações, presenciais ou por vídeo.
A origem desse aprendizado por estar em conteúdo lido na imprensa, estudos publicados por consultorias, módulos ágeis de cursos ou plataformas de conhecimento. A regra é a intenção de aprender.
Social learning — Compartilhar ideias e ensinamentos — seja em conversas com os colegas no trabalho, seja por meio de blogs e redes sociais — é um bom método para assimilar aprendizados e acrescentar a esse processo sua visão pessoal sobre o tema em discussão.
Também conhecido como experiência de aprendizado em rede, o social learning envolve o ato de aprender utilizando-se de materiais online que possam ser compartilhados.
Trata-se de uma combinação vídeos, postagens em blogs, em grupos de discussão, em redes sociais e até mesmo reuniões virtuais. O foco é a aprendizagem que acontece entre as pessoas e suas redes de relacionamento.
O acesso a diferentes pontos de vista por meio de aprendizado online e o ato de explicar o que estudou contribuem para assimilar melhor o conteúdo.
Business cases — Aprendizados reais ganham cada vez mais importância em relação às teorias acadêmicas de negócios, pois é importante olhar as empresas como objeto de aprendizado. Vale a pena revisitar antigos clássicos, como a invenção do Post It. Boa parte do sucesso se deveu à resiliência de seus criadores.
Há biografias em profusão de homens de negócios bem-sucedidos — como Jeff Bezos (Amazon), Ellon Musk (Tesla), Richard Branson —, mas também farto material, sobretudo jornalístico, acerca de startups que se tornaram unicórnios, das quais se podem extrair várias rotas para o caminho a seguir na companhia em que você atua.
O poder da mentoria — Capacitar pessoas por meio do aprendizado com alguém mais experiente na área é uma tendência cada vez mais em voga. O mentor atua como um professor, não apenas para ensinar habilidades técnicas, mas também comportamentais e para ajudar no desenvolvimento profissional dos mentorados.
Há diversos programas de imersão que vem se difundindo em grandes escolas de negócios no mundo para mostrar o valor de ouvir e entender o modelo mental de grandes líderes de negócios.
CEO Now
Para contribuir nesse processo de formação, o Experience Club está trazendo para o mercado o CEO Now, com uma programação de imersão sobre as práticas mais avanças de liderança e visão estratégica para a construção de novos modelos de negócios.
Os mentores da edição de estreia serão alguns dos líderes mais inspiradores do mercado brasileiro na atualidade: Cesar Gon, cofundador e CEO global da CI&T; Cristina Palmaka, CEO da SAP Latin America & Caribbean; Cleber Morais, CEO da AWS Brasil; e Ricardo Dutra, CEO do PagSeguro/PagBank.
A imersão será na sede do Mercado Livre, de 8 a 10 de abril. Uma oportunidade importante para acelerar o aprendizado sobre gestão, liderança, novas tecnologias, scale-up e mindset de startup. Ainda restam pouquíssimas posições. Clique aqui para mais informações.
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