É hora de tirar o futuro da gaveta
A Humanidade que se vangloriava por levar o homem até a Lua, há 50 anos, perdeu a majestade diante de um vírus que nos pôs de joelhos. O que está em xeque não é exatamente a natureza humana, mas os fatores que agem sobre nós. A exponencialidade da covid-19 virou o mundo de cabeça para baixo e nos colocou diante de um dilema. Como superar nosso pensamento linear e dominar o curso da pandemia?
É chegada a hora de desengavetar o futuro. Temos que nos tornar exponenciais, aprender a atuar como ‘self-disrupters’ para ter a capacidade ampliada de imaginar as futuras realidades e tirar o máximo proveito disso.
Esse foi o tom do Experience Lab – O Futuro da Sociedade Digital, realizado na quinta-feira, 23/07, trazendo uma profunda imersão de conteúdo e inspiração comandada pelo nosso CEO Ricardo Natale. Participaram do encontro Jason Silva, cineasta, filósofo, futurista e apresentador das séries premiadas de TV Brain Games e Shot Of Awe, Nizan Guanaes, CEO da N Ideias, Adriana Barbosa, Fundadora da Feira Preta e Wellington Vitorino, Fundador do Instituto Four.
O evento contou com os patrocinadores Master: Alelo, Grupo Connvert, IBM, Oracle e Vivo Empresas. E com os patrocinadores Logmein e Verity Group.
Confira os principais insights dos nossos debatedores.
Jason Silva
1- “Temos que nos tornar exponenciais, aprender a atuar como ‘self-disrupters’ para ter a capacidade ampliada de imaginar as futuras realidades e tirar o máximo proveito disso.”
2- “Estamos nos movendo para um mundo em que teremos infinitas possibilidades. Viveremos em um mundo em que vamos curar todas as doenças, mas seremos vulneráveis ao bioterrorismo.”
3- “Somos uma espécie que transcende suas limitações. Não vamos perder a batalha para este vírus. Não será o fim, mas sim mais um capítulo da nossa história a ser superado.”
4- “Há um peso psicológico da pandemia. Quando as nossas narrativas de onipotência são ameaçadas há um potencial claro de nos colapsar.”
5- “Toda disrupção força uma reação. Por isso é tão importante a nossa regulação homeostática, ou seja, a resiliência do nosso sistema biológico, a nossa capacidade de recuperação, de ressurreição.”
Nizan Guanaes
1- “Todos nós estamos sendo chamados a rever o nosso modelo de negócios e precisamos optar entre ser viúvos de uma coisa que morreu, ou ser estagiários dessa garotada que está transformando o mundo.”
2- “Excesso de reuniões é o maior mal das organizações deste século. As pessoas estão tão exaustas que não têm tempo para se transformar. Quem tem muito powerpoint não tem power nem point.”
3- “Precisamos tirar o futuro da gaveta. Quem disrupta os negócios não é a tecnologia, mas clientes mal atendidos, porque o produto que estamos vendendo ficou datado.”
4- “Saber se comunicar bem não é falar, mas ouvir. A maior parte do sucesso que tive na vida não veio da língua, mas das minhas orelhas.”
5- “Certas coisas não podem ser mais toleradas. O desmatamento da Amazônia deve ser banido, assim como o cigarro. As empresas e os consumidores precisam entender que essa transformação vai ter um preço. Ou vão pagar o preço todo, que são os efeitos do aquecimento global.”
Adriana Barbosa
< span style="background-color: transparent; color: rgb(0, 0, 0);">1- “Empreendedorismo segmentado é importante porque o processo de mobilidade da população negra se dá por este caminho há séculos.”
2- “Para que a gente conquiste um ecossistema inclusivo, é preciso ter uma visão sistêmica, que reúna diversos atores: governos, políticas públicas, universidades, iniciativa privada e empresariado.”
3- “Os micro empreendedores têm sofrido muito com o aspecto tecnológico. É preciso investir em um processo de letramento digital: garantir que eles se apropriem destes códigos para fazer a transição do analógico para o digital.”
4- “A desigualdade é sistêmica e estruturante. Então para redesenhar este ecossistema empreendedor buscando a inclusão precisamos ter um olhar sistêmico.”
Wellington Vitorino
1- “A grande discussão é como dar suporte para que as pessoas criem negócios maiores, que vão além das suas comunidades. O caminho para isso está no acesso à educação e à informação.”
2- “Precisamos investir em tecnologias sociais que sejam capazes de impactar milhões de pessoas com soluções simples.”
3- “Nós procuramos fazer com que a nossas lideranças identifiquem os grandes problemas da sociedade e busquem soluções que sejam escaláveis e acessíveis para a maioria.”
4- “Eu gosto de ver o empreendedorismo social não apenas como uma forma de repartir o lucro, mas de oferecer serviços e a possibilidade de crescimento que muitas vezes não chegam até as comunidades.”
5- “Somente com mais políticas públicas, associadas à iniciativa privada, nós conseguiremos levar o empreendedorismo a outro patamar no Brasil.”
Texto: Luana Dalmolin e Arnaldo Comin
Imagens: Reprodução
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