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Golpe no greenwashing

Anunciar metas de carbono zero virou prática cada vez mais comum entre grandes empresas. Porém, em muitos casos, essas metas são vazias e pouco baseadas em dados concretosÉ o que conclui o relatório Corporate Climate Responsibility Monitor, elaborado por duas entidades especialistas no assunto: a New Climate Institute e a Carbon Market Watch.


A pesquisa analisou a fundo os documentos de compromissos de redução de carbono divulgados por 25 das maiores e mais conhecidas empresas do mundo. Entre os nomes analisados estão Apple, Google, Walmart e Sony. 


Numa análise das 13 companhias que apresentaram planos mais detalhados de descarbonização, a redução de emissões seria de 40% em média, afirmam os autores, muito longe dos 100% propalados na comunicação corporativa. Quando se considera o conjunto completo das 25, a redução ficaria em 20%.


O estudo dividiu as empresas de acordo com a integridade dos dados de seus planos. Nenhuma delas entrou na categoria “alta integridade”. A mais bem colocada, a transportadora marítima Maersk, foi a única cujos planos foram considerados “razoavelmente íntegros”. Em seguida vieram Apple, Sony e Vodafone (integridade moderada). Dez companhias foram avaliadas como de “baixa integridade”, incluindo a brasileira Vale, e onze como “muito baixa integridade”, incluindo a também brasileira JBS.


O documento é um alerta para as empresas, e indica que a tolerância para o chamado greenwashing será cada vez menor nos próximos anos.

Four days a week

A adoção forçada do home office foi a consequência mais visível do impacto da pandemia no ambiente de trabalho. Agora, algumas empresas começam a testar algo ainda mais ousado: a semana de trabalho de apenas quatro dias.


Na semana passada, 17 empresas irlandesas começaram a adotar a chamada “semana de quatro dias”. O programa vai durar seis meses e será acompanhado pelas autoridades de trabalho do país. 


A ideia é avaliar impactos na produtividade das empresas e na qualidade de vida dos funcionários, entre outros aspectos. Caso os resultados sejam positivos, os organizadores da iniciativa pretendem apresentar projetos para maior flexibilização das leis de trabalho no país.


E não é apenas a Irlanda. No Reino Unido, um programa semelhante começará em abril com ao menos 50 empresas. Por trás da iniciativa está a organização 4 Day Week Global, que prepara projetos semelhantes na Austrália e na Nova Zelândia. Em todos os casos, a organização fornecerá mentorias e treinamentos para os executivos das empresas participantes.


A “semana de quatro dias” ainda está em seus primeiros meses de testes e sua adoção em definitivo dependerá de uma série de fatores, incluindo área de atuação da empresa, cultura de trabalho local e legislação. Mas iniciativas como a 4 Day Week mostram que este é um assunto que deve estar nas discussões de empresas de todos os portes nos próximos anos.

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Livres para voar

Após anos de testes, o transporte de cargas por drones parece que finalmente pode decolar no Brasil neste ano. Única empresa autorizada pela Anac a operar esses aparelhos comercialmente, a Speedbird Aero se prepara para uma expansão, com o reforço de um aporte de US$ 35 milhões em fase de conclusão.


“Estamos finalizando o processo de diligência com os investidores. Vamos usar o dinheiro para acelerar a construção de novos drones”, diz ao Neofeed Manoel Coelho, cofundador e CEO da Speedbird. 


O plano da companhia é ter 50 aeronaves no ar ainda neste ano e 250 em operação em 2023. Atualmente, a empresa tem apenas um drone trabalhando comercialmente (a serviço do iFood, em Aracaju). A Speedbird produz e gerencia os drones, lucrando com contratos de prestação de serviços para empresas como o iFood. 


A Speedbird pretende usar parte do aporte para ampliar seu quadro de funcionários. Devem ser abertas ainda neste ano 120 vagas. Outra frente de expansão é internacional, e o primeiro país na lista é Israel. “Israel tem um sistema de tráfego aéreo não-tripulado já implementado pelo governo, algo que não existe no Brasil ainda”, diz Coelho ao Neofeed.

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Curadoria e edição: André Cardozo

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