Inteligência de dados inova a experiência do Rock in Rio e da Eletromidia

Monica Miglio Pedrosa
“Os dados, que antes eram uma nota do rodapé, viraram a primeira linha do briefing”. A frase de Alexandre Guerrero, CEO da Eletromidia, maior empresa brasileira de mídia digital Out Of Home (OOH), sintetiza a importância que a inteligência de dados ganhou nos eventos, shows e ativações das marcas que buscam aumentar o engajamento e conquistar a atenção dos clientes.
Luis Justo, CEO do Rock in Rio, também compartilhou como um dos maiores festivais de música do mundo se transformou em uma plataforma de conteúdo e dados capaz de gerar inteligência para construir estratégias de marketing mais inovadoras para as marcas patrocinadoras.
Guerrero e Justo participaram do painel “O dado como protagonista da Mídia & Entretenimento”, realizado durante o Zoox Data Revolution, evento promovido pela Zoox Smart Data na terça, 18 de novembro. O bate-papo, mediado por Gabriela Comazzetto, ex-GM Global Business Solutions Latam do TikTok, apresentou exemplos práticos de como o uso de dados vem transformando a realização de eventos e ativações, trazendo mais resultados para as empresas.
Na abertura de sua apresentação, Justo relembrou que a primeira edição do Rock in Rio, há 40 anos, era totalmente analógica. Hoje, porém, a organização do festival usa tecnologia como base de toda a operação. “O segredo para colocar de pé um evento de 100 mil pessoas por dia como o Rock in Rio é o planejamento. E ele começa a partir da análise de dados das edições anteriores, coletados tanto por parceiros como por fornecedores”, afirmou.
Com esse histórico, o Rock in Rio passou a compreender de forma mais precisa as dinâmicas do público por meio de mapas de calor que mostram deslocamentos por horário, local e faixa etária. “Qualquer ferramenta precisa estar a serviço da proposta de valor da marca que, no nosso caso, é o de proporcionar experiências inesquecíveis”, disse Justo. Mais de 14 milhões de pessoas passaram pelo Rock in Rio nas 24 edições do evento e a análise de dados ajuda a entender, por exemplo, a correlação entre gêneros musicais e diferentes perfis de público, apoiando a programação das atrações do festival.
A Eletromidia, parceira do Rock in Rio, usa seus painéis publicitários no mobiliário urbano para gerar engajamento antes, durante e depois do evento. Guerrero explicou que o EletroLAB, laboratório de inovação da empresa, combina dados e tecnologia para criar experiências e entretenimento tanto para quem vai ao evento como para quem acompanha a movimentação pela cidade. Essa conexão está presente nos meeting points, no trem expresso que leva ao local e nas telas instaladas em pontos de ônibus, estações de metrô e aeroportos. Para ele, a cidade começa a mudar antes mesmo de o evento acontecer.
Guerrero destacou ainda uma ação realizada durante o GP de Fórmula 1, na qual a Eletromidia usou tecnologia CGI (Computer Graphic Imagery) para simular ativações OOH hiper-realistas e gerar compartilhamento nas redes sociais. Nessa iniciativa, criada em parceria com a Senna Brands, as pessoas podiam se ver nas telas do mobiliário urbano usando um capacete virtual de Ayrton Senna e registrar o momento para publicar nas redes.
“Conquistar a atenção do público faz parte de uma jornada que se constrói ao longo do tempo”, explicou Guerrero. Ele explicou que, em ativações como a da Fórmula 1, o entretenimento é o meio de prender a atenção das pessoas, portanto a mensagem transmitida precisa ser assertiva. Justo completou dizendo que, durante o Rock in Rio, quando uma marca cria uma ativação capaz de formar filas mesmo enquanto uma atração internacional se apresenta no palco principal, isso representa um verdadeiro sucesso.
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