Liderança bottom-up: cinco regras da Cultura Lean
A aceleração digital dos negócios e a busca por novos modelos organizacionais impulsionou a Cultura Lean como aliada estratégica para agilizar as transformações nas empresas.
Modelos hierárquicos top-down, com a figura do “CEO herói”, devem dar lugar ao bottom-up, para potencializar resultados e melhorar a performance. É o que defende Benjamin Quadros, CEO da BRQ, empresa de serviços digitais que ajuda os clientes a entregar uma experiência digital para seus clientes. A BRQ está há 27 anos no mercado e atende segmentos como mercado financeiro, seguros e telecom. Quadros também é conselheiro da Brascom, associação que reúne as maiores empresas de TI do país.
Para explicar o modelo bottom-up, Quadros usa o exemplo de uma panela com água para ferver. Se colocar o fogo em cima, o processo será infinitamente mais lento. “É isso que as organizações hierárquicas fazem, no top-down. O modelo da Cultura Lean propõe ferver a mesma panela de água de baixo para cima, ganhando em agilidade”, diz o especialista.
De acordo com o CEO da BRQ, o modelo Harvard, que tem a figura do líder como um herói, também vem sendo questionado, diante da abordagem do MIT, berço da Cultura Lean, que propõe outra forma de enxergar a liderança, em uma estrutura mais horizontal e achatada.
A seguir conheça os Cinco Ensinamentos da Cultura Lean extraídos de debate realizado com Benjamin Quadros com o Experience Club.
[Assista ao vídeo e mergulhe no assunto]:
1- Aproximar pessoas
“O modelo de trabalho na cloud mudou a dinâmica das organizações, que reportam mais produtiva, eficiência e melhor qualidade de vida para os funcionários. O novo modelo operacional com a digitalização ‘achata’ um pouco a organização e aproxima as pessoas. É uma oportunidade muito boa para as empresas saírem desta crise mais eficientes”.
2- Debaixo para cima
“A estrutura hierárquica tenta fazer ‘ferver’ a organização no modelo hierárquico top-down, que é muito mais lento. Quando faz ferver de baixo pra cima, mexe com toda a organização. O desafio da liderança é apoiar esta transformação bottom-up”.
3- Novas competências do CEO
“O mindset Lean é um aprendizado e os CEOs estão preocupados com novas competências críticas, como adaptabilidade a certas situações, aprendizagem rápida, cultivo à inovação e resiliência. A transformação digital, as mudanças no comportamento do consumidor e a inovação de produtos e canais de distribuição estão na agenda do CEO, que precisa de uma organização menos hierárquica e mais rápida.
4- Tolerância zero
“Quando a necessidade aperta, você busca um modelo que dá resultado de maneira rápida e eficiente. Quando ensinamos para onde a organização quer ir, o mindset é tolerância zero. Quem não entendeu está fora”.
5- Talentos digitais
“O Brasil tem 1,5 milhão de pessoas no setor de Tecnologia da Informação, com uma remuneração média de 2,6 vezes maior que a média nacional. O setor de TI é quase 7% do PIB, gerando R$ 205 bilhões. É um setor de capital intelectual onde o maior desafio é formar mais gente e reter estes talentos no país”.
Texto: Andrea Martins
Imagens: Reprodução
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