Momento crítico para o Facebook
Uma hora tinha que acontecer. Após 18 anos de crescimento consecutivo, o Facebook (agora Meta) divulgou a primeira queda de usuários de sua história. A redução em si foi praticamente nula, de 1 milhão de usuários diários no último trimestre do ano passado (de um total de 2,91 bilhões). Mas Wall Street não perdoou e as ações caíram impressionantes 25% em apenas dois dias.
Mais do que refletir o momento atual da empresa, ainda líder disparada em redes sociais e altamente lucrativa, a queda das ações mostra as dúvidas do mercado quanto ao crescimento futuro da Meta. A companhia sente o impacto do aumento da concorrência pelo tempo dos usuários e uma mudança no interesse por vídeo, onde a publicidade não é tão lucrativa. Há ainda o impacto da mudança feita pela Apple no sistema iOS, que torna mais difícil a coleta de dados para publicidade direcionada.
Além disso, a Meta trava batalhas com reguladores em várias frentes e tenta emplacar a mudança de foco para o metaverso, ainda pouco clara para mercado e público em geral. O Facebook Reality Labs – divisão da empresa focada no metaverso – deu prejuízo de US$ 3,3 bilhões no 4o tri do ano passado, sinal de que ainda haverá muito investimento pela frente para que essa estratégia tenha chance de sucesso.
À Bloomberg, pessoas próximas a Mark Zuckerberg disseram que já há algum tempo ele vem se preocupando com um possível “efeito de rede reverso”. Ou seja, quanto mais pessoas deixam uma plataforma, maior o incentivo para que outras também a abandonem.
A investidores, Zuck afirmou que o Instagram Reels – basicamente um clone do TikTok – é a maior aposta da empresa para trazer um público mais jovem. Ele prometeu mais investimentos nesse recurso e no Instagram, que ainda está longe de trazer receita de publicidade no nível obtido pelo Facebook.
Romero e XP: tudo a ver
Referência na cena brasileira de startups, o empreendedor e investidor Romero Rodrigues anunciou ontem um parceiro de peso para a Headline, sua nova gestora de venture capital. A empresa terá o apoio da XP – hoje com R$ 815 bilhões de ativos sob custódia – para levantar capital de investimento.
“Nossa ideia é democratizar o acesso a venture capital para todos os investidores, popularizar essa classe de ativos”, disse Rodrigues ao Neofeed. Para levantar os fundos, a Headline terá o apoio da rede de 9 mil agentes autônomos vinculados à XP. Segundo o NeoFeed, a meta é captar cerca de US$ 150 milhões.
O fundo da Headline em sociedade com a XP deverá focar em investimentos de early stage e séries A e B. “Pretendemos investir em até 30 negócios diferentes por meio desse fundo”, afirmou Thiago Maffra, CEO da XP A Headline chega em um momento em que a cena de startups está quente no país. Mas o cenário macroeconômico de juros altos e aversão a risco pode prejudicar iniciativas de investimento em empresas ainda iniciantes e sem modelo de negócio claro.Você só vê
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Finplace prepara captação de R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
Rodada será a primeira da startup brasileira, que se define como o “iFood do crédito para pequenas e médias empresas” e intermedia atualmente cerca de R$ 180 milhões mensais em sua plataforma.
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Here, there and everywhere
Em 2013, quando o termo unicórnio começou a ser usado para classificar startups com valor de US$ 1 bilhão ou mais e de capital fechado, a ideia era usar a metáfora de uma criatura valiosa, rara e difícil de encontrar. Em 2022, porém, startups unicórnios são como ex-BBBs: estão em todo lugar.
Dados do CB Insights mostram que o mundo já tem mil empresas na categoria unicórnio. As três primeiras, com valor na casa dos US$ 100 bilhões, se destacam das outras: Bytedance (US$ 140B), SpaceX (US$ 100B) e Stripe (US$95B). A quarta do ranking é a fintech sueca Klarna (US$ 45B).
O Brasil tem 15 empresas na lista, incluindo QuintoAndar, Loft, iFood e Creditas. No ano passado, o país bateu seu recorde de unicórnios, com 10 startups entrando nessa categoria.Fique ligadoApós aporte do Softbank – Omie compra startup de customer experience Conpass Ainda indefinida – Cade marca reunião para decidir sobre venda da Oi Móvel Não é feitiçaria – Startup brasileira cria sensores que geram energia a partir de ondas eletromagnéticas espalhadas pelo ar Mundo virtual, dor real – Uso de óculos de RV.
Fique ligado
Após aporte do Softbank – Omie compra startup de customer experience Conpass.
Ainda indefinida – Cade marca reunião para decidir sobre venda da Oi Móvel.
Não é feitiçaria – Startup brasileira cria sensores que geram energia a partir de ondas eletromagnéticas espalhadas pelo ar.
Mundo virtual, dor real – Uso de óculos de RV causa cada vez mais acidentes domésticos.
Vingança maligna – Após ser alvo de hackers da Coreia do Norte, americano derruba internet do país asiático.
Happy hour
Paula Bellizia – assume como sócia e presidente global de pagamentos do EBANX. A executiva, que já havia ocupado cargos de alta direção na Microsoft, Apple e Facebook no Brasil e América Latina, esteva desde outubro de 2020 como VP de marketing Latam do Google.
Gympass – Ex-SAP e Google, Carolee Gearhart é a nova CRO da startup; ex-Hubspot, Ryan Bonnici é o novo CMO da empresa.
Vídeos da [EXP]
Chris Dancy é a representação viva da nova etapa evolutiva da humanidade. Ele traz um retrato otimista de como temos mais a ganhar do que a perder com a aceleração da tecnologia
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Curadoria e edição: André Cardozo
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