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Ranking Top 25+ do LinkedIn revela abismo digital entre Brasil e EUA

Mais Avenida Paulista e Brigadeiro Faria Lima, menos Vale do Silício. Uma análise comparativa feita pelo Experience Club entre os rankings das 25 empresas mais desejadas para se trabalhar do LinkedIn em 2019 revela a existência de um verdadeiro abismo na cultura digital entre profissionais dos Brasil e dos Estados Unidos.

Os rankings americano e brasileiro foram elaborados com base nas interações dos mais de 500 milhões de usuários do LinkedIn no mundo, com destaque para alguns dos principais mercados globais da rede social. O Brasil atingiu a marca de 29 milhões de cadastrados no mais recente relatório divulgado em 25 de abril e é o terceiro maior mercado do LinkedIn, atrás dos Estados Unidos e Índia.

O estudo anual das mais desejadas leva em conta quatro atributos: interesse na empresa, interação com os funcionários dessa mesma companhia, demanda por vaga e retenção de funcionários. Com base nisso, o LinkedIn pontua as companhias mais “sexy” profissionalmente para seus usuários.

Nos Estados Unidos, o estilo mais despojado das empresas de tecnologia desperta mais o desejo dos executivos e profissionais do mercado. Das 25 empresas no topo da lista, 15 delas (60%) vêm desse mercado.

As nativas digitais dominam 40% do total e encabeçam o ranking, com Alphabet (Google), Facebook, Amazon e Salesforce à frente.

Na relação estendida das 50 +, a relação das “digitais puras” vai para 28% do total, mas ainda assim as companhias de tecnologia detêm a supremacia com 56%. Um dos pontos que mais chamam a atenção é a forte presença de empresas de serviços de software e consultoria na relação.

No Brasil, paletó, gravata, terninhos e tailleurs continuam arrancando mais suspiros dos nossos executivos, não importa o gênero. Das 25 empresas mais cobiçadas 24% (6) são bancos e contam com um reforço de duas fintechs (Stone e Nubank) para colocar o mercado financeiro no topo da preferência, com 32% do total. O ranking nacional está encabeçado pelo Itaú Unibanco e Santander, contando ainda com a presença do Bradesco, BTG Pactual, Safra, e XP Investimentos.

As empresas de tecnologia também compõem 24% da relação, com 6 selecionadas. Mas a presença das nativas digitais é esquálida, com apenas dois nomes: Moviles (iFood, entre outras startups) e o Nubank, novamente remetendo ao segmento bancário.

Velha economia

Outro aspecto interessante na comparação entre os dois países é que a chamada indústria tradicional, seja de consumo ou de transformação, continua bastante atraente no meio profissional brasileiro, enquanto o mesmo não pode ser dito sobre os americanos.

Nos Estados Unidos, a única empresa do setor industrial que está na lista das 25 mais é a fabricante de carros elétricos Tesla (16º) que, a rigor, pode ser considerada mais uma empresa de tecnologia do que de manufatura. Na relação das 50 mais, aparecem somente mais dois nomes, a centenária Johnson & Johnson (27º) e Nike (45º).

Já no Brasil, nossa indústria continua com boa percepção no meio corporativo. Por aqui, a Bayer é a primeira a surgir no ranking, com a 6ª posição. Temos ainda a presença em boas colocações a Raízen (7ª), Suzano (15ª), também a J&J (17ª), Heineken (18ª), Syngenta (22ª), Nestlé (23ª) e, por último, a AmBev, na 25ª posição.

Confira a seguir as 25+ do Brasil e 50+ dos EUA, segundo LinkedIn:

Brasil

01-Itaú Unibanco

02-Banco Santander

03-Movile

04-XP Investimentos

05-Grupos Safra

06-Bayer

07-Raízen

08-IBM

09-Oracle

10-BTG Pactual

11-Resultados Digitais

12-Bradesco

13-Vivo

14-GPA

15-Suzano

16-Totvs

17- Johnson & Johnson

18- Heineken

19-Stone Pagamentos

20-GOL

21-brMalls

22-Syngenta

23-Nestlé

24-Nubank

25-AmBev

EUA



01-Alphabet

02-Facebook

03-Amazon

04-Salesforce

05-Deloitte

06-Uber

07-Apple

08-Airbnb

09-Oracle

10-Dell

11-Netflix

12-Cisco

13-Te We Company

14-Spotfy

15-Comcast

16-Tesla

17-Walt Disney

18-Bank of America

19-Lyft

20-ADP

21-Goldman Sachs

22-Citi

23-Slack

24-Adobe

25-Wells Fargo

26-SAP

27-Johnson & Johnson

28-Verizon

29-Pinterest

30-PwC

31-Interpublic Group

32-Dropbox

33-EY

34-Publicis Groupe

35-Coinbase

36-Twitter

37-Intel

38-WPP

39-Splunk

40-GE

41-Major League Baseball

42-Rubrik

43-Box

44-JPMorgan

45-Nike

46-ServiceNow

47-McKinsey

48-DocuSign

49-Snowflake

50-Workday

 

Texto: Arnaldo Comin

Imagens: Unsplash e Reprodução

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