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SP Invisível se prepara para sua maior campanha de inverno

A meta é arrecadar doações para 25 mil kits

Nos últimos dois anos, a população de rua cresceu 31% na capital paulista, segundo censo divulgado pela prefeitura em janeiro deste ano. São mais de 32 mil pessoas. A cada 100 entrevistados, 18 vivem há menos de um ano nas ruas.  

Quem são essas pessoas? Quais são as histórias de vida de cada uma delas? Desde 2014, a ONG SP Invisível, fundada pelo fotógrafo e cineasta André Soler, 28, e pelo jornalista Vinícius Lima, 27, vem contando essas histórias para educar, conscientizar e sensibilizar a sociedade. 

“A nossa missão é proporcionar experiências de cuidado individualizado por meio de uma escuta ativa e livre de julgamentos,  promovendo o acolhimento e o afeto no convívio com a população de rua”, explica André. Os fundadores tiveram seu trabalho reconhecido na lista da Forbes Under 30 de 2019.  

Em oito anos, a ONG já contou mais de1,7 mil histórias em suas redes sociais, atendeu quase 34 mil pessoas e realizou mais de 100 ações sociais. Somente em 2021 conseguiu arrecadar mais de R$ 5 milhões em doações, sendo 90% delas de pessoas físicas. E agora se prepara para a sua maior campanha de inverno. A meta é doar 25 mil kits que são compostos por moletons personalizados pelo artista IconeK, luva, meia, kit higiene, calças, cobertores e calçados. As doações começam em R$ 49 reais. Além da campanha de inverno, também é possível fazer doações pelo site que são destinadas não apenas a ações sazonais, mas também a recorrentes como o banco de alimentos.  

As empresas podem somar à causa da SP Invisível como doadoras, patrocinadoras ou embaixadoras. Nesse caso, a empresa ganha uma landing page personalizada e com meta específica para captar doações com parceiros e/ou colaboradores. Há um programa piloto em curso com empresas, a Jornada da Autonomia. Nessa edição somaram-se à iniciativa, a companhia de energia EDP e a multinacional de contact center Atento. Juntas, elas ofereceram capacitação para 20 pessoas em situação de rua que foram reintegradas ao mercado de trabalho.  

Para saber mais sobre esta história, ouça o episódio“Rua não é moradia. É uma situação (in)visível”, do desNegócio, no Spotify. 

Coleção “Marca Visível” destaca histórias de pessoas LGBTQIA+

A nova coleção do estilista baiano Isaac Silva“Marca Visível” traz roupas que retratam histórias de pessoas LGBTQIA+. Lançada no final de abril, a coleção foi toda confeccionada na cor branca para que o foco estivesse nas cicatrizes de cada uma delas.  

Cada peça possui um chip NFC que, ao aproximar o celular, leva a um site onde estão disponíveis fotos, informações sobre os personagens e suas vivências. 

Toda a renda da venda das roupas de Isaac Silva, que acaba de lançar uma coleção colaborativa com o Vista Magalu, será destinada para a Casa Neon Cunha, organização que presta serviços à comunidade LGBTQIA+ no Grande ABC, região metropolitana de São Paulo.

Plataforma Todas por Uma oferece suporte a vítimas de violência 

A cada minuto, oito mulheres são agredidas. A tecnologia tem sido uma grande aliada no apoio às mulheres vítimas de violência, como é o caso do aplicativo Todas por Uma. Disponível gratuitamente na Play Store, o app permite que os usuários de todo o Brasil cadastrem o número de telefone de uma pessoa de confiança, um “anjo”, que receberá pedidos de socorro via SMS para ajudar a vítima no momento de risco. 

Além de enviar os avisos com sua localização em tempo real, a mulher pode fazer uma ocorrência dentro da própria plataforma, marcando a data e os locais onde foi assediada ou agredida. Com isso, o app mapeia os lugares perigosos em cada região, alertando as próximas pessoas que passarem pelo local. 

O app soma mais de 20 mil downloads em todo o mundo e está presente nos Estados Unidos, Colômbia, Alemanha e Chile, além do Brasil. A expectativa é que, em breve, a ferramenta seja lançada também para iOS.

AkinTech promove acesso a serviços financeiros em comunidades

Fundada por Leandro Dias, a AkinTec é um aplicativo que funciona como hub digital de serviços financeiros, delivery e sistema de pagamentos, focado nas necessidades e condições de pessoas que vivem em comunidades. A promessa é promover uma revolução econômica nas periferias. 

“Quem é cria da periferia tá ligado que somos ignorados pelas grandes corporações, quando o assunto é acesso aos serviços”. A frase é de autoria de Leandro e reflete bem a sua trajetória. Formado pela Universidade de São Paulo, ele começou sua carreira em um grande banco por meio de um processo de contratação de trainees negros. 


Era a segunda vez que ele pisava em uma agência bancária. Ali conseguiu estruturar um piloto de microcrédito, que embora tenha sido descontinuado pelo banco, serviu de inspiração e foi a semente para a criação de seu próprio negócio, a AkinTec. 

A startup, que já passou por mais de 10 programas de aceleração, foi selecionada este ano para receber o fundo de investimento Semente Preta, do Nubank.

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