Yalo ajuda Coca-Cola Femsa a vender US$ 1 bilhão pelo WhatsApp na AL
Plataforma de conversational commerce aproxima indústria do ponto de venda e potencializa vendas por WhatsApp
Por Monica Miglio Pedrosa
A América Latina é uma das regiões mais fortes para o WhatsApp, com 60% da população usando ativamente o aplicativo. No Brasil, os números são ainda mais impressionantes: 96,4% dos brasileiros usam o app, tornando o país o caso de maior penetração de uso de WhatsApp no mundo. Os dados são do estudo Digital Brazil 2022, realizado pelas empresas We Are Social e HootSuite.
Esse é um dos motivos para a escolha da região para a expansão dos serviços da plataforma de comércio conversacional (conversational commerce) da Yalo, fundada em 2015 pelo guatematelco Javier Mata. A entrada no Brasil, há dois anos, aconteceu por meio de seu principal cliente, a Coca-Cola Femsa. A empresa já gerou negócios na ordem de US$ 1 bilhão via plataforma da Yalo na América Latina. São 40 mil pedidos diários e 1 milhão de pontos de venda que recebem comunicações diariamente via plataforma. O Brasil representa cerca de metade desse volume, segundo Murilo Stiaque, Head de Vendas da Yalo Brasil, em entrevista ao [EXP].
Antes de impulsionar as vendas por meio do WhatsApp, a Coca-Cola Femsa recorria aos meios tradicionais para tirar seus pedidos: visita na loja, telefone, e-mail, mas invariavelmente o contato com o ponto de venda era feito por intermédio do vendedor. Durante a pandemia, com o isolamento social, a migração para o meio digital foi a saída encontrada após o fechamento das lojas e o fim das visitas físicas.
Além do ganho em escala nos pedidos, existe ainda a possibilidade de usar a plataforma da Yalo para criar uma comunicação direta entre a indústria e o ponto de venda. Na forma tradicional, as empresas normalmente dependem do distribuidor para comunicar questões como exposição do produto, precificação e estratégia de produto, o que podia gerar um viés de “telefone sem fio” na comunicação. “Imagine que em uma visita de cinco minutos ao ponto de venda era preciso passar todas estas informações, se atualizar das novidades e tirar pedidos”, explica Stiaque.
Para o executivo, nada mais natural do que utilizar um aplicativo de mensagem instantânea que já é de uso diário dos brasileiros – independentemente de idade, classe social ou letramento digital – para comunicar-se diretamente com seu público. Para otimizar ainda mais essa comunicação, a Yalo desenvolveu um catálogo proprietário de produtos dentro do WhatsApp nativo que permite a navegação pelo portfólio do cliente de uma forma interativa e amigável.
Hoje, além da Coca-Cola, a Yalo já conquistou 30 clientes no Brasil, entre eles Procter & Gamble, Nestlé, Pepsico e Unilever. “Nossa estratégia é atuar com grandes contas. Aliás esse é nosso diferencial, entender e lidar com a complexidade e escala de grandes marcas corporativas”, explica Murilo. “Nossa ferramenta também apoia no pré-venda e venda, enquanto a maioria dos concorrentes foca no pós-venda, com o objetivo de reduzir custos de atendimento. Estratégias de personalização segundo hábitos de compra, por exemplo, são recursos que podem ser utilizados”, recomenda. Segundo informações da empresa, os clientes Yalo têm em média mais de 300% de crescimento de retorno sobre o investimento após adquirir a solução.
“Mais de 1,3 milhão de pontos de venda
usam hoje a solução da Yalo na AL”
Segundo estudo da consultoria BCG, o c-commerce (conversational commerce) vai crescer de 15 a 30% ao ano nos próximos cinco anos, chegando a movimentar US$ 130 bilhões em 2025. Nos mercados emergentes, esses números são ainda mais expressivos, pois 40% dos usuários fazem sua primeira compra digital em um aplicativo de mensagens. O potencial deste mercado chamou a atenção da empresa de investimentos B Capital Group, do brasileiro Eduardo Saverin, um dos fundadores do Facebook. A B Capital liderou a última rodada de investimentos da Yalo, que captou US$ 50 milhões em maio de 2021.
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