Banco Original usa PicPay para acelerar corrida das carteiras digitais
Seamless Business, ou os negócios “sem costura”, na tradução literal, virou um mantra para desenvolvedores de produtos dentro do mercado financeiro. O desafio é simples: o que fazer quando seus novos clientes, como a geração millennials, não acredita mais em “ter” uma conta-corrente?
“Os bancos digitais terão que entrar na vida das pessoas sem que elas percebam”, resumiu o CFO do Banco Original, Carlos André da Silva, em sua apresentação “O banco do futuro” no CFO 2030 realizado pelo Experience Club na quarta-feira, 08.05. O evento reuniu 30 diretores financeiros de grandes empresas para um almoço e debate na suíte presidencial do Tivoli Mofarrej, em São Paulo.
Parceria com Cielo
Prestes a atingir a marca de 1 milhão de correntistas, o Banco Original que ganhar posições mais rápido no competitivo mercado de digital banking através da subsidiária PicPay, carteira digital criada em 2012 e atualmente subsidiária independente do banco. Concebido como um serviço de transação financeira P2P, o PicPay ganhou um forte impulso ao firmar parceria com a Cielo para servir como modo de pagamento dentro do novo serviço via QR Code lançado pela intermediadora de cartões.
“Nós conseguimos entrar em mais de 1 milhão de pontos de venda de uma só vez sem fazer qualquer credenciamento. Esse é o modelo disruptivo que vai ditar cada vez mais o funcionamento do mercado”, destaca Silva. Ele lembra que, como uma carteira digital, o serviço funciona como um pré-pago. Basta nome e cpf para usar o aplicativo.
O caminho agora, de acordo com o CFO do Banco Original é ampliar o leque de serviços agregados, que vão desde a integração do app com o cartão de crédito do usuário, passando por soluções de pagamento de contas, compra de ingressos, assim por diante. Na outra ponta, o banco quer ampliar rapidamente o uso da ferramenta junto a fintechs, como depositante fiduciário credenciado no Banco Central. Com isso, de aplicativo, o PicPay passa a ser um agente para o emergente mercado de startups de crédito que ganham fôlego no país.
“O Banco Central prepara para 2020 o lançamento das primeiras normas de open banking no país. Com isso, o agente regulador financeiro se antecipa e posiciona que a abertura para novos modelos de negócios são um caminho inevitável”.
Texto: Arnaldo Comin
Foto: Marcos Mesquita/Experience Club
- Aumentar
- Diminuir
- Compartilhar
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.