Coworkings seguem abertos e evitam aglomeração em eventos
Desde quarta-feira da semana passada (11/03), quando a OMS declarou o status de pandemia do novo coronavírus, medidas de contenção mais enérgicas passaram a ser tomadas por governos mundo afora. E a iniciativa privada vem acompanhando na mesma toada. Nos coworkings não poderia ser diferente.
É o caso do Cubo Itaú, centro de empreendedorismo tecnológico sediado na Vila Olímpia, em São Paulo, onde circulam mais de 2.500 pessoas todos os dias. Desde esta quarta-feira, dia 18, as portas estão fechadas a priori por 30 dias, tanto para residentes, quanto para visitantes e para a realização de eventos. Essas medidas vêm na esteira de um caso de Covid-19 comunicado aos membros do prédio na última quinta-feira (12/03). Segundo o Cubo Itaú, a pessoa não teve contato com outros funcionários.
“Tomamos algumas iniciativas que incluíram cancelamento de nossa participação em eventos de grande porte internacional e nacional, cancelamento de todos os eventos internos e de nossas missões oficiais para o exterior. Também divulgamos medidas educativas de prevenção nos nossos canais de comunicação, além de disponibilização de álcool gel em todos os andares e realização de conversas abertas com empreendedores e parceiros da comunidade para debater possíveis ações emergenciais”, explica Renata Zanuto, co-head do Cubo.
Diante deste cenário, o Cubo vem investindo em pautas propositivas. Desde a semana de 9 de março, a empresa vem disponibilizando uma série de conteúdos online por meio da série #CuboLiveTalks, na qual especialistas debatem impactos ao ecossistema de startups e soluções a respeito do atual cenário econômico mundial. O conteúdo pode ser acessado pelo canal de YouTube do Cubo.
GRANDES TÊM POUCAS RESTRIÇÕES
A WeWork, por meio de comunicado, informa a suspensão de eventos organizados pela rede. No entanto, os 30 prédios sediados no Brasil, que recebem 23 mil pessoas, seguem abertos. Em relação a seus colaboradores, a WeWork informa que, desde 12 de março, implementou uma política global opcional de home office para funcionários e passou a reduzir a alocação de equipe em suas unidades até nova ordem. A intenção é ter o mínimo de pessoas possíveis circulando em seus edifícios.
No caso dos colaboradores que precisam estar nas unidades, a WeWork disponibilizou a opção do uso de aplicativo de transporte para ir e voltar dos prédios. Além disso, todas as viagens de negócios nacionais e internacionais não essenciais também estão restritas para seus funcionários.
A companhia informa ainda, no mesmo comunicado, a existência de um plano emergencial, mas sem qualquer tipo de detalhamento. “A empresa reforça que conta com um sólido plano global de preparação para emergências pronto para ser colocado em prática caso tome conhecimento de que algum membro ou funcionário tenha contraído o coronavírus”.
Procurada, a Regus, que possui cerca de 3 mil business centers em cerca de 900 cidades em 120 países não concedeu entrevista à reportagem por orientação de seu time global.
A rede, que havia feito uma ação extraordinária em 11 de fevereiro, abrindo as portas ao público no dia da maior enchente dos últimos anos em São Paulo, esclareceu por meio de comunicado que continuará em operação sem limitações de horário, seguindo as determinações das autoridades locais. Diz o comunicado:
“Nossa principal preocupação é a saúde e o bem-estar de nossos funcionários e clientes. Fornecemos às nossas equipes todo o suporte e suprimentos necessários para minimizar os riscos de exposição ao vírus. Estamos trabalhando diligentemente para seguir todas as políticas governamentais em cada uma das nossas localidades ao redor do mundo, bem como seguindo os conselhos de organizações como a OMS.Nossos escritórios continuam disponíveis para todos os clientes 24/7”.
Texto: Luana Dalmolin
Imagens: Divulgação
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