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Como criar um protocolo contra o coronavírus na sua empresa

Para divulgar as medidas preventivas que contribuem com o controle do Covid-19 no Brasil, as principais operadoras de saúde estão apostando em uma série de ações e protocolos de segurança para as empresas associadas e clientes.

A tecnologia digital é a grande aliada em um contexto que pede isolamento e restrição de contato pessoal. As informações e orientações médicas são passadas em transmissões online, videoconferências, plataformas de orientação ou mesmo por telefone. 

“Não há pânico, estamos muito bem respaldados por especialistas e a vantagem de ser uma cooperativa de médicos nesse momento é que nos trouxe maior tranquilidade”, reforça Rodrigo Guerra, superintendente executivo da Central Nacional Unimed, maior cooperativa do Sistema Unimed e a sexta maior operadora do país, atendendo mais de 400 grandes empresas pelo Brasil e 1,7 milhões de beneficiários.

Seguindo as recomendações do Ministério da Saúde e combatendo as fake news, a Central Nacional Unimed estabeleceu um protocolo interno na operadora de iniciativas preventivas importantes, colocadas em prática desde a última semana “dentro de casa” – e que valem para outras companhias.

São elas: suspensão de viagens e eventos; reuniões, preferencialmente, por videoconferência; dispositivos de álcool gel espalhados pela empresa; distribuição de unidades de álcool gel para todos os colaboradores; recomendação de não cumprimentar com abraços ou apertos de mão; e antecipação da vacinação contra a gripe e do projeto de home office.

Os funcionários que estiverem de férias vão ser contatados para identificar a necessidade de afastamento das atividades presenciais na cooperativa. Uma equipe de atenção à saúde vai acompanhar os que retornarem de férias após o aviso de pandemia. Já os funcionários que tiveram contato com pessoas que apresentem os sintomas do coronavírus (febre, tosse seca e falta de ar) terão um telefone exclusivo para receber as devidas orientações e avaliação, se necessário.

Para falar com os clientes, as ações focam o digital. A Central Nacional Unimed fez evento com transmissão online com especialistas e lives semanais nas redes sociais para tirar dúvidas, com possibilidade de interação. Criaram também uma célula específica de atendimento telefônico para orientar os beneficiários sobre o coronavírus.

“Todos os clientes que nos notificarem com qualquer suspeita do vírus serão monitorados diariamente por meio de telemonitoramento. Estamos estabelecendo rede laboratorial e hospitalar de referência para o direcionamento dos casos, tanto suspeitos quanto confirmados”, conta Guerra.

OMINT CONTRA FAKE NEWS

A Omint Saúde se antecipou e começou em janeiro a falar com os gestores de RH sobre o Covid-19, através da distribuição de e-mails quando houve os primeiros casos suspeitos no Brasil. Após a confirmação da doença no país, as ações foram intensificadas pelas redes sociais da empresa e lives com especialistas.

Com atualização diária, o hotsite especial (www.omint.com.br/coronavirus) publica vídeos com médicos renomados, como os doutores Paulo Chapchap, diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês; Antônio Bastos, diretor médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Paulo Granato, diretor clínico do Grupo Fleury e Miguel Cendoroglo, diretor médico do Hospital Israelita Albert Einstein.

A operadora também convidou 2,3 mil RHs de empresas para acompanhar uma live com o infectologista do Hospital Albert Einstein, Dr. David Salomão Lewi e com o diretor técnico da Omint, Dr. Marcos Loreto, no dia 13.

“Nesse momento delicado, muitas informações inverídicas vêm à tona e geram preocupação e até pânico em muitos clientes”, comenta Cícero Barreto, diretor comercial e de marketing da Omint.

A empresa de saúde também alterou os protocolos de atendimento aos clientes, privilegiando os serviços remotos. Está estimulando o envio de processos de reembolso por aplicativo e fazendo orientação médica por meio de videoconferência com médicos credenciados Omint, pelo serviço de telemedicina Dr. Omint Digital.

VISÃO ABERTA

As duas operadoras já perceberam maior demanda na rede nos últimos dias, tanto nos pronto-atendimentos (na Central Unimed) quanto para os exames de detecção do novo coronavírus e busca por informações (na Omint).

Os executivos de saúde reforçam que os protocolos de segurança não são fechados. A Omint criou um comitê multidisciplinar para acompanhar em tempo integral a evolução do assunto no Brasil e no mundo. “Dessa forma, estabelecemos protocolos alinhados à nossa responsabilidade individual, comunitária e de atendimento aos nossos clientes, prestadores e parceiros com vistas à redução da velocidade da propagação da doença junto aos colaboradores e à sociedade”, diz Barreto.

“Será necessário ter criatividade para lidar com essa nova realidade que se impõe e a recomendação de diminuir o trânsito de pessoas. Agiremos conforme as mudanças do comportamento da pandemia e orientações do Ministério da Saúde”, finaliza Guerra.

Texto: Andrea Martins

Imagens: Divulgação e Pexels

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