ESG não é o futuro. ESG é agora

Ricardo Natale

A sigla já é tão conhecida que ficou até um pouco desgastada e muitas vezes é usada apenas como estratégia de marketing. Mas nem por isso perdeu a sua importância. Pelo contrário, falar de ESG é cada vez mais necessário. Na Confraria de CEOs da quinta-feira passada, dia 18, trouxemos uma empresa que leva o assunto a sério.

Alex Carreteiro, CEO da PepsiCo Brazil Foods nos contou sobre a jornada ESG da empresa que, embora nem sempre seja percebida por isso por levar uma bebida no nome, tem uma grande atuação agrícola – é o maior comprador de batatas do Brasil e um grande comprador de milho e de aveia. Ele contou sobre as iniciativas que a companhia vem adotando, em nível mundial, agregadas num projeto denominado PepsiCo Positive, e falou sobre o que considera o ponto essencial para quem de fato deseja levar a sério essa agenda. “O primeiro ponto: para mexer o ponteiro dos resultados, a agenda de ESG tem que ir pra agenda do CEO e do comitê executivo.”

É isso também o que nós acreditamos e praticamos dentro do próprio Experience Club.

Empresas como a PepsiCo são uma inspiração para nós. A gente entende que para mudar em direção a uma sociedade mais inclusiva é preciso ter ação, atitude. Não basta falar, é preciso fazer. Assim como pessoas como o Alex Carreteiro nos inspiram, queremos também ser inspiração para outras empresas e lideranças do mercado. As mudanças não acontecem por acaso, é preciso intencionalidade, que se traduz em projetos, trabalho duro.

Em todos os nossos eventos, além da pertinência dos temas, trazendo sempre os assuntos de ponta para a discussão, temos um olhar para a diversidade e a representatividade, tanto no palco quanto entre os participantes. A diversidade é um grande ativo das empresas, e as que souberem trabalhar isso estão colhendo os frutos em resultados, como mostram vários estudos.

Também apoiamos projetos sociais, como Amigos do Bem, que atua para combater a pobreza no sertão; Gastromotiva, que trabalha com inclusão social por meio da gastronomia e inclusive contratamos um dos bufês apoiados por eles, o Flor de Mandacaru,  no nosso jantar; o Mover, Movimento pela Equidade Racial, que incentiva, por meio de ações concretas, a ascensão de pessoas negras na liderança das empresas; e o ID_BR, que também promove a igualdade racial nas empresas.

Também temos um olhar para a área ambiental. Na construção da Experience House buscamos escolher materiais mais sustentáveis, assim como nos eventos, e parte da energia elétrica utilizada é fornecida pela You.On, uma empresa que produz eletricidade de fontes renováveis ou compra da rede e armazena em baterias recarregáveis.

São ações concretas, mas isso não quer dizer que já chegamos lá. Sempre existe algo a ser feito, aprimorado. Na verdade, o caminho em direção a uma agenda ESG completa é longo, e é importante sempre traçar objetivos mais ambiciosos.

Pode escrever: não haverá espaço no mercado para empresas que não estiverem engajadas e comprovarem suas agendas ESG. Torço para que sua companhia esteja nesse caminho.