Empresas brasileiras podem ter acesso a US$ 130 bilhões em receita como resultado da convergência de setores

Uma janela de oportunidade estratégica para o surgimento de novos modelos de negócio está se abrindo diante da reorganização da economia global. De acordo com o estudo Value in Motion, da PwC, cerca de US$ 7,1 trilhões em receitas podem mudar de mãos no mundo já em 2025, como resultado direto da reconfiguração dos setores econômicos. No Brasil, esse valor pode chegar a US$ 130 bilhões, mas, para isso, as empresas precisam repensar suas estratégias e ocupar novas posições no mercado.
De acordo com o estudo, esse redirecionamento de receitas é apenas uma das manifestações mais visíveis de uma pressão para a reinvenção dos modelos de negócio, presente em 17 dos 22 setores analisados globalmente. Nas próximas décadas, diversas indústrias vão se reconfigurar, como por exemplo a mobilidade elétrica, que une fornecedores de energia elétrica, fabricantes de bateria e empresas de tecnologia para gerar valor para montadoras. “À medida que a estrutura da economia se transforma, o valor virá cada vez mais de organizações que conseguirem conectar os pontos através das fronteiras dos setores tradicionais”, afirma Marco Castro, CEO da PwC Brasil.
O estudo revela ainda que o a inteligência artificial pode adicionar até 13 pontos percentuais ao PIB do Brasil até 2035. No mundo, esse ganho pode chegar a 15 pontos percentuais, o que representaria um acréscimo de um ponto percentual às taxas de crescimento anuais, algo comparável ao ocorrido com o processo de industrialização do século 19. No entanto, a PwC reforça que, sem uma implementação responsável da IA e sem a confiança do mercado e da sociedade em sua adoção, o potencial de crescimento se limitaria a apenas 1 ponto percentual, enfatizando a importância da ética no uso da tecnologia.
A PwC alerta, ainda, para o impacto econômico dos riscos climáticos físicos, que podem reduzir em até 7% o tamanho da economia global até 2035. Segundo o “Value in Motion”, apesar de a adoção da IA ampliar o consumo de energia por data centers, a própria tecnologia pode ajudar a mitigar esse impacto. A PwC estima que o uso de energia e o impacto das emissões resultantes da IA seriam neutros se cada ponto percentual adicional de uso de IA levasse a inovações que reduzissem a intensidade energética em apenas 0,1%.
O relatório “Value in Motion”, assim como outras pesquisas proprietárias da PwC, ganha aplicação prática por meio do Industry Edge, um portfólio que transforma insights setoriais em ação, combinando modelos de negócio, processos, tecnologia, dados e aceleradores de IA para impulsionar a transformação em cada setor da economia. Como parte desse movimento, a PwC também anunciou a atualização de sua identidade de marca, com uma nova linguagem visual e verbal que reforça seu papel como parceira estratégica na jornada de evolução das empresas diante das mudanças e oportunidades do futuro.
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